World time

domingo, 9 de dezembro de 2012

Estilo arquitetónico

Estilo  arquitetônico é uma expressão utilizada com o fim de classificar períodos da história da arquitetura de acordo com suas caraterísticas formais, técnicas e materiais. Este esforço de classificação tem, por vezes, resultados um pouco arbitrários: é, no entanto, unânime a consideração de que existem caraterísticas comuns nas obras de arquitetos de tenham trabalhado na mesma época, na mesma região geográfica ou, simplesmente, quando têm conhecimento dos trabalhos desenvolvidos pelos outros – as chamadas “influências” na obra individual de cada criado.r
Capela de Versailles vista da tribune royale, um exemplo notável do Barroco francês.

Estilo regência


estilo regência, também conhecido como regência francesa, é um estilo decorativoarquitectónico (interiores e exteriores) e, acima de tudo, um estilo de mobiliário. Este estilo desenvolve-se em França durante a regência de Filipe de Orléans entre 1715 e 1723, após o reinado de Luís XIV e enquanto Luís XV é menor de idade (tem apenas 5 anos de idade quando morre o seu bisavô, Luís XIV).
Em termos artísticos faz a transição entre o estilo Luís XIV (inserido no movimento barroco) para o estilo Luís XV (inserido no movimento rococó). De um modo geral, e por ser um estilo de transição, possui ainda muito da sumptuosidade controlada do anterior, demonstrando já alguns elementos típicos do rococó, a leveza e liberdade das linhas. Neste pequeno período de tempo, estas duas vertentes decorativas vão coexistir em harmonia, resultando em criações de elegante flexibilidade.
Durante o período de regência, em que a corte deixa Versailles para se acomodar em Paris, a França atravessa um período económico difícil, e opta-se agora pela construção de paláciosde menores dimensões e interiores menos sumptuosos, mais virados ao intimismo e à simplicidade, mas sem perder totalmente o esplendor anterior. Também os exteriores diminuem em severidade e controle, adoptando já algumas linhas mais espontâneas, que terão o seu apogeu na total liberdade imaginativa do rococó. Este desejo de uma maior liberdade formal, fora da rigidez artística do século anterior, desponta simultaneamente com a mudança social e mental que toma lugar no século XVIII, onde a sociedade aspira a uma maior independência, descontracção e alegria no quotidiano


  • Pós-modernidade


    Pós-modernidade ou Pós-modernismo é a condição sócio-cultural e estética que prevalece no capitalismo contemporâneo após a queda do Muro de Berlim e a consequente crise das ideologias que dominaram o século XX. O uso do termo se tornou corrente embora haja controvérsias quanto ao seu significado e a sua pertinência.
    Algumas escolas de pensamento tem-na como o fundamento do alegado esgotamento do movimento modernista, que dominou a estética e a cultura até final do século XX, substituindo, assim, a modernidade. Outros, por sua vez, afirmam que a pós-modernidade seria a extensão da modernidade, englobando-a para cobrir o desenvolvimento no mundo, onde houve a perda da aura do objeto artístico pela sua reprodução em múltiplas formas: fotografias, vídeos, etc. (Walter Benjamin).
    Pós-modernidade pode significar uma resposta pessoal para uma sociedade pós-moderna, as condições na sociedade que fazem-na pós-moderna ou o estado de ser que é associado a uma sociedade pós-moderna. Em muitos contextos, poderia ser distinguido de pós-modernismo, a consciente adoção de filosofias pós-modernas ou de seus traços na arte, literatura e sociedade.
    O crítico brasileiro Mário Pedrosa foi um dos primeiros a utilizar este termo em 1964 (Madeira, A. p.1). Em importante artigo sobre a arte de Hélio Oiticica Pedrosa afirmava na ocasião (Pedrosa, 1981:2005):
    Cquote1.svgA esse novo ciclo de vocação antiarte chamaria de arte pós-moderna.Cquote2.svg
    Pós-modernidade pode significar uma resposta pessoal para a sociedade pós-moderna. As condições nas quais a sociedade faz-se pós-moderna ou o estado de ser que é associado com uma sociedade pós-moderna. Na maioria dos contextos pode ser distinguida de pós-modernismo, a consciente adoção de filosofias pós-modernas ou traços na arte, literatura e sociedade.
    Ópera de Sydney, projeto do dinamarquês Jørn Utzon. O pós-moderno em arquitetura refere-se às várias manifestações de reação ao Estilo Internacional

    Ordem dórica


    ordem dórica é a mais rústica das três ordens arquitetônicas gregas. Dentre suas características é possível citar as colunas desprovidas debasecapitel despojado, arquitrave lisa, friso com métopas e tríglifos, emútulos sob o frontão.

    [editar]Origem

    Surgiu nas costas do Peloponeso, ao sul, no início do século VII a.C., e apresenta-se no auge no século V a.C. É principalmente empregada no exterior de templos dedicados a divindades masculinas e é a mais simples das três ordens gregas definindo um edifício em geral baixo e de carácter sólido. A coluna não tem base, tem entre quatro e oito módulos de altura, o fuste é raramente monolítico e apresenta vinte estrias ou sulcos verticas denominados de caneluras. O capitel é formado pelo équino, ou coxim, que se assemelha a uma almofada e por um elemento quadrangular, o ábaco. O friso é intercalado por módulos compostos de três estrias verticais, os tríglifos, com dois painéis consecutivos lisos ou decorados, as métopas. A cornija apresenta-se horizontal nas alas, quebrando-se em ângulo nas fachadas de acordo com o telhado de duas águas.
    A versão romana transmite, em geral, maior leveza através das suas dimensões mais reduzidas.
    Commons possui uma categoria com multimídias sobre Ordem dórica


    Capitel e entablamento dórico, Partenon
    Elementos arquitetônicos na ordem dóric

    domingo, 21 de outubro de 2012

    Neogótico

    Neogótico ou revivalismo gótico é um estilo de arquitetura revivalista originado em meados do século XVIII na Inglaterra. No século XIX, estilos neogóticos progressivamente mais sérios e instruídos procuraram reavivar as formas góticas medievais, em contraste com os estilos clássicos dominantes na época.
    O movimento de revivalismo gótico teve uma influência significativa na Europa e nas Américas, e talvez tenha sido construída mais arquitetura gótica revivalista nos séculos XIX e XX do que durante o movimento gótico original


    O revivalismo góticoencontrou paralelo e apoio no medievalismo, que teve suas origens no interesse antiquarial por relíquias e curiosidades. Na literatura inglesa, o revivalismo gótico e o romantismo deram origem à novela gótica, gênero inaugurado por O Castelo de Otranto (1764) de Horace Walpole, e inspirado em um gênero de poesia medieval que parece emergir da poesia pseudo-bárdica do Ossian. Poemas como Os Idílios do Rei, de Alfred Tennyson, projetam temas modernos em cenários medievais dos romances Arturianos. Na literatura germânica o revivalismo gótico também teve raízes em tendências literárias.

    Continuidade e Ressurgimento
    Considera-se que a arquitetura gótica nasceu com a Basílica de Saint-Denis, em Paris, em 1140, e terminou com a maravilhosa Capela de Henrique VII em Westminster, no início do século XVI. Contudo, a arquitetura gótica não morreu completamente em 1520, mas perdurou em diversos outros projetos de catedrais e na construção de templos rurais em distritos isolados da França, Inglaterra, Espanha, Alemanha e na Comunidade Polonesa.


    Torre Tom, de Sir Christopher Wren.

    A desaparecida Abadia de Fonthill.
     
    Em Bolonha, o arquiteto barroco Carlo Rainaldi construiu em 1646 abóbadas góticas (completadas em 1658) para a Basílica de San Petronio, que estava em construção desde 1390; ali o contexto gótico da estrutura suplantou considerações a respeito de estilos mais contemporâneos. Da mesma forma, arquitetura gótica sobreviveu em ambientes urbanos durante o fim do século XVII, como é evidente em Oxford e Cambridge, onde reformas e acréscimos neogóticos aos edifícios foram considerados mais adequados ao estilo das estruturas originais do que poderia ser o barroco vigente na época. A Torre Tom de Sir Christopher Wren, no Christ Church College da Universidade de Oxford, e mais tarde as torres ocidentais da Abadia de Westminster, de Nicholas Hawksmoor, confundem as fronteiras do que se poderia considerar uma continuidade ou um ressurgimento do gótico.
    Em meados do século XVIII, com o surgimento do romantismo, um crescente interesse sobre a Idade Média entre alguns connoisseurs influentes deu margem a uma abordagem mais apreciativa quanto a algumas manifestações artísticas medievais, começando com a arquitetura, a arte funerária da nobreza, vitrais e manuscritos iluminados. Outras artes góticas continuaram a ser consideradas bárbaras e rudes, como a tapeçaria e o trabalho em metal.
    Associações sentimentais e nacionalistas com figuras históricas foram tão fortes, neste início de ressurgimento, como interesses puramente estéticos. Alguns poucos britânicos, e logo alguns alemães, começaram a apreciar o caráter pitoresco das ruínas - e pitoresco começou a ser uma qualidade estética - e os efeitos suavizantes do tempo. Os detalhes góticos da Villa Twickenham, de Walpole, apelavam para os gostos rococó da época, e por volta de 1770 arquitetos completamente neoclássicos como Robert Adam e James Wyatt foram capazes de prover detalhes góticos para salas, bibliotecas e capelas para uma visão romântica de uma abadia gótica, a Abadia de Fonthill, em Wiltshire. O Castelo de Inveraray, construído em 1746 com projeto de William Adam, assinala os primeiros sinais neogóticos na Escócia. O estilo Gothick era uma manifestação do artificialismo pitoresco encontrado em outras artes - estes templos ornamentais e casas de verão ignoravam a lógica estrutural do verdadeiro edifício gótico e eram com efeito construções Palladianas, apenas com arcos de ogiva.
    A geração posterior tomou mais a sério a arquitetura gótica, e abriu caminho para publicações sobre história da arquitetura eclesiástica na Inglaterra que receberam diversas edições e ainda eram republicadas em 1881, caso da Attempt to discriminate the styles of English architecture from the Conquest to the Reformation, preceded by a sketch of the Grecian and Roman orders, with notices of nearly five hundred English buildings, de Thomas Rickman, escrita em 1814.

    Romantismo e Nacionalismo
    O neogótico francês nasceu como um aspecto menor da anglomania, começando por volta de 1780. Quando Alexandre de Laborde, erudito francês, disse que "a arquitetura gótica tem uma beleza própria", a idéia era nova para a maioria dos leitores franceses. Em 1828 Alexandre Brogniart, diretor da Manufatura de Sèvres, realizou diversos esmaltes de grandes proporções para a capela real de Luis Felipe.

                              
    Basílica de Sainte-Clothilde, Paris

    Arcisse de Caumont lançou sólidas bases para o ressurgimento gótico na França, fundando a Societé des Antiquaires de Normandy, e publicando um grande trabalho sobre arquitetura normanda em 1830. No ano seguinte apareceu a novela de Victor Hugo, Notre Dame de Paris, onde a grande catedral francesa era de uma só vez cenário e protagonista desta obra de ficção que ganhou enorme popularidade. No mesmo ano a monarquia francesa criou o posto de Inspetor-Geral de Monumentos Antigos, ocupado em 1833 por Prosper Merimée, que se tornaria o secretário de uma nova comissão que incumbiria Viollet-le-Duc de relatar as condições da Abadia de Vézelay, em 1840. A seguir Viollet-le-Duc começaria então a restaurar os edifícios mais simbólicos da França, incluindo a Catedral de Notre Dame, Vézelay, Carcassone, o Castelo Roquetaillade, a Abadia do Monte Saint-Michel e o Palácio Papal de Avinhão.


     


    Fachada do Duomo de Florença.
    Em Florença, a parcialmente completa fachada do Duomo, erguida para as núpcias entre as casas Medici e Lorena em 1588-1589, foi desmantelada, e assim permaneceu até 1864, quando foi organizado um concurso para definir uma nova fachada, mais afeita ao estilo da estrutura de Arnolfo di Cambio e ao belo campanário ao lado. O vencedor deste concurso foi Emilio de Fabris, que terminou as obras em 1887 com a policromia e mosaicos que hoje vemos.
    A influência de Pugin e Ruskin

    No fim da década de 1820, ainda um jovem, Augustus Pugin trabalhava para dois empregadores muito conhecidos, fornecendo desenhos góticos para objetos de luxo. Para Morel e Seddon, moveleiros reais, ele criou desenhos góticos para a redecoração de ambientes no Palácio de Windsor. Para o ourives real Rundell Bridge & Co. ele fez desenhos para pratarias a partir de 1828, usando um vocabulário formal gótico anglo-francês, o qual ele ainda seguiria em produções posteriores para o novo Palácio de Westminster. Entre 1821 e 1838 ele e seu pai publicaram uma série de volumes sobre desenho arquitetural. O título do primeiro era Specimens of Gothic Architecture, e os 3 seguintes receberam o nome de Exemples of Gothic Architecture, que seriam reimpressos e permaneceriam como padrão para revivalistas góticos por pelo menos um século. Em Contrasts Pugin manifestou sua admiração não só pela arte medieval, mas por todo o ethos medieval, dizendo que a arquitetura gótica era o produto de uma sociedade mais pura. Pugin acreditava que o gótico era uma arquitetura verdadeiramente cristã, e até mesmo afirmou que "o arco ogival era produto da fé católica". Seu edifício mais famoso é as Casas do Parlamento, em Londres, que ele desenhou em dois períodos entre 1836 e 1852, junto com seu colaborador Charles Barry. Pugin encarregou-se das decorações e Barry do arcabouço simétrico do edifício.


    St. Alban, Macclesfield, desenhada por Pugin.
    John Ruskin complementou as idéias de Pugin em seus dois livros, que tiveram enorme influência: The Seven Lamps of Architecture (1849) e The Stones of Venice (1853). Encontrando seu ideal arquitetônico em Veneza, Ruskin propôs que os edifícios góticos suplantavam toda outra arquitetura por causa do "sacrifício" dos pedreiros em esculpir com grande minúcia cada pedra. Ruskin fez pela arquitetura civil o que Pugin fez pela religiosa, embora tenha se limitado ao campo teórico.

     Eclesiologia

    Na Inglaterra a Igreja nacional estava experimentando um ressurgimento da ideologia e ritualismo anglo-católicos na forma do Movimento de Oxford, e se tornou desejável que se construísse muitas igrejas novas para reunir a população em crescimento, o que encontrou imediatamente muitos apoiadores nas universidades onde o movimento eclesiológico estava se formando. Seus proponentes afirmavam que o gótico era o único estilo adequado para uma igreja paroquial, e privilegiaram um momento específico na era gótica, o gótico decorado. A revista do movimento, The Ecclesiologist, era tão ácida em suas críticas a toda edificação que não encontrasse seus padrões rigorosos que chegou a tomar corpo um movimento chamado gótico arqueológico, que produziu alguns dos prédios mais convincentemente medievais de toda a corrente neogótica. Mesmo com toda esta influência, o movimento revivalista não teve uma uniformidade de princípios. Alguns advogavam uma inspiração eclesiológica estrita, enquanto outros se contentavam com o aspecto puramente estético, combinando-o com outros estilos ou adotando simplificações. Viollet-le-Duc e o gótico metálico


    Sainte-Chapelle, restaurada por Viollet-le-Duc.
    Mesmo não tendo a França participado do movimento desde seus inícios, ela foi capaz de produzir um ativista incomparável na pessoa de Viollet-le-Duc. Sendo ao mesmo tempo um arquiteto de primeira linha e um teórico influente e poderoso, seu talento especial residiu no terreno da restauração. Ele considerava válido restaurar edifícios a um estado de completude que não foi conhecido mesmo por seus criadores originais, e aplicou suas teorias em Notre Dame, em Carcassone e na Sainte-Chapelle, onde não hesitou em substituir elementos originais da cantaria medieval. Sua abordagem lógica do gótico estava em flagrante contraste com as origens românticas do movimento, e foi considerada por alguns como um prelúdio para a honestidade estrutural típica do modernismo.
    Ao longo de toda suas carreira ele permaneceu num impasse a respeito da propriedade da combinação de metal e pedra na construção de um edifício. Na verdade o ferro vinha sendo usado desde o início do revivalismo, mas com Ruskin e as exigências do gótico arqueológico a respeito da verdade estrutural, o ferro, seja aparente ou não, foi considerado inadequado para uma edificação gótica. Este argumento começou a ser derrubado em meados do século XIX, à medida que foram sendo erguidas grandes estruturas pré-fabricadas como o Palácio de Cristal, de ferro e vidro, e o pátio envidraçado da Universidade de Oxford, e que pareceram encarnar princípios góticos através do ferro.
    Entre 1863 e 1872 Le-Duc publicou seus Entretiens sur l’architecture, um conjunto de ousados projetos para edifícios que combinavam ferro e pedra. Embora jamais tenham sido construídos efetivamente, influenciaram diversas gerações de desenhistas e arquitetos, especialmente Gaudí na Espanha e Bucknall na Inglaterra. A flexibilidade e força proporcionadas pelas estruturas de metal possibilitaram aos projetistas neogóticos novas soluções estruturais que teriam sido impossíveis apenas com a pedra, como a ponte Calvert Vaux no Central Park de Nova Iorque, e que pressagiam de certa forma o Art Nouveau.
    Em torno de 1872 o revivalismo gótico estava maduro o bastante na Inglaterra para que Charles Locke Eastlake, um influente professor, produzisse uma History of the Gothic Revivalism, mas um ensaio mais extenso, The Gothic Revival: An Essay, seria escrito apenas em 1928 por Kenneth Clark.

    Artes Decorativas
    O neogótico não se limitou à arquitetura. Mobília neogótica é encontrável na Inglaterra desde c. 1740, como por exemplo na mansão de Lady Promfet em Arlingtons Street, Londres, e a Abbotsford, de Sir Walter Scott, exemplifica o gótico regência em seu mobiliário. Decorações neogóticas foram produzidas com baixo custo em papel de parede e cerâmicas. O catálogo da Grande Exposição de 1851 está repleto de detalhes neogóticos, desde rendados e tapetes até maquinaria pesada.

    Adaptações

    Prédios do Boston College.
    Casas e pequenas igrejas empregando elementos góticos se tornaram comuns no fim do século XIX na América do Norte, inserindo-os em um contexto estilístico tipicamente americano, muitas vezes se resumindo a empregar aberturas ogivais e fachadas elevadas.

    Do século XX em diante
    Na virada do século XX, desenvolvimentos tecnológicos como a lâmpada elétrica, o elevador e a estrutura metálica levaram muitos arquitetos a considerar a cantaria pesada como obsoleta. Estruturas de ferro assumiram as funções de abóbadas de nervuras e arcobotantes. Alguns usaram decorações neogóticas para adornar esqueletos metálicos subjacentes, como no caso do arranha-céu Woolworth Building de Cass Gilbert, de 1907, em Nova Iorque, e a Tribune Tower de Raymond Hood, em Chicago, de 1922.
    Em torno da metade do século o neogótico havia sido suplantado pelo modernismo.
    Não obstante o revivalismo gótico continuou a exercer influência, até porque alguns de seus projetos mais importantes ainda estavam em fase de construção na segunda metade do século, como a Catedral de Liverpool, de Giles Gilbert Scott. A reconstrução do campus da Universidade de Yale por James Gamble Rodgers, e os primeiros prédios do Boston College, de Charles Donagh Maginnis, contribuíram para estabelecer uma tradição neogótica na arquitetura de educandários americanos. Um arquiteto importante como Ralph Adams Cram, autor da ambiciosa Catedral de São João o Divino, em Nova Iorque, afirmou que "o estilo concebido e aperfeiçoado por nossos ancestrais é incontestavelmente uma herança nossa".


    Interior da Igreja de Santa Teresinha, em Porto Alegre.
    Embora depois da década de 1930 o número de novos projetos neogóticos declinasse rapidamente, alguns ainda apareceram, como a Catedral de Bury St. Edmunds, construída entre 1950 e 2000.

    No Brasil
    O neogótico popularizou-se no Brasil perto do final do reinado de D. Pedro II, especialmente a partir da década de 1880. Talvez a igreja neogótica brasileira mais antiga seja a do Santuário do Caraça, em Minas Gerais, construída entre 1876 e 1883 em substituição a uma igreja colonial. Outra igreja neogótica pioneira é a Catedral de Petrópolis, começada em 1884 mas só concluída cerca de 1925, que abriga os túmulos do Imperador e sua família. No Rio de Janeiro, então capital, foram construídos muitos edifícios neste estilo a partir da década de 1880, como o pitoresco Palácio da Ilha Fiscal, construído sobre uma ilha na Baía da Guanabara entre 1881 e 1889, a Igreja da Imaculada Conceição em Botafogo (1888-1892), a Igreja Metodista do Catete (1886) e outros. O neomanuelino, variante portuguesa do neogótico, aparece por primeira vez nessa época no Real Gabinete Português de Leitura, edificado entre 1880 e 1887 no centro do Rio.


    Catedral de São Paulo.

    Igreja de São Sebastião Mártir, em Venâncio Aires.
    O neogótico foi muito empregado em todo tipo de edifícios seculares e militares, incluindo casas particulares, mas foi particularmente popular em edifícios religiosos. Em São Paulo capital, a primeira igreja neogótica foi a Igreja Luterana de Martin Luther (1906-1908), seguida uns anos mais tarde pela monumental Catedral da Sé, construída a partir de 1913 e inaugurada apenas em 1954. Outras catedrais neogóticas incluem a Catedral de Santos (1909-1967), a Catedral da Boa Viagem em Belo Horizonte (começada em 1913), a Catedral de Vitória (1920-1970) e outras. Igrejas neogóticas tardias começaram a ser construídas até pelo menos a década de 1930, como a Catedral Metropolitana de Fortaleza, começada em 1939 e inaugurada apenas em 1978.
    No Rio Grande do Sul o neogótico foi o estilo preferido para a construção de uma infinidade de capelas e templos, especialmente nas regiões de colonizações italiana e alemã, entre fins do século XIX e começo do século XX. Dentre estes são exemplos interessantes a Catedral de Caxias do Sul, começada em 1895 como igreja paroquial, e a Capela do Santo Sepulcro, na mesma cidade, Igreja Matriz de N. S. de Lourdes em Flores da Cunha, a Igreja Cristo Rei em Bento Gonçalves, a Igreja Matriz de São Pedro em Garibaldi, e a Matriz de São Luiz Gonzaga, em Veranópolis. Também a cidade de Santa Cruz do Sul, de colonização alemã, possui uma catedral com uma vigorosa e original interpretação do estilo gótico, construída entre 1928 e 1936. Outro exemplo de destaque na mesma região é a Igreja de São Sebastião Mártir em Venâncio Aires. Outro exemplo importante é a Igreja de Santa Teresinha, em Porto Alegre, construída entre 1924 e 1931, de estilo puro e refinado.
    Outro exemplo de catedral neogótica e a catedral Sagrado Coração de Jesus e Cristo rei situada na cidade de Petrolina interior de Pernambuco. Na cidade de Feira de Santana, Bahia, há um outro belíssimo exemplo de uma arquitetura neogótico, a Paróquia Senhor dos Passos, que teve o início da sua construção em 09 de outubro de 1921 e a conclusão das obras em 17 de maio de 1964.


    Catedral de São João Batista, em Santa Cruz do Sul.

    Em Portugal
    Em Portugal o estilo gótico dominou a arquitetura no período entre o século XIII e os inícios do século XVI. Nessa última fase, o exuberante gótico português ficou conhecido como estilo manuelino. Como em outros países europeus, a partir do século XIX vários dos antigos edifícios góticos foram restaurados e muitas vezes parcialmente recriados, de maneira mais ou menos fantasiosa, em estilo neogótico ou, no caso específico de Portugal, em estilo neomanuelino. Assim, houve várias intervenções em edifícios como a Torre de Belém, o Mosteiro da Batalha e o Mosteiro dos Jerónimos, entre outros, que tentaram recuperar o antigo brilho destes emblemáticos monumentos. O Mosteiro dos Jerónimos, por exemplo, foi alvo de um grande restauro a partir de 1867 em que foram inteiramente remodelados em estilo neomanuelino a torre sineira e o antigo dormitório dos monges.
     
    Por outro lado, também houve edifícios construídos de raiz em estilo neogótico e/ou neomanuelino desde a primeira metade do século XIX, acompanhando o espírito romântico vigente na época. Muitas destas primeiras experiências também incorporam toques orientalistas e exóticos, com citações da arquitetura islâmica. Exemplos importantes são a Palácio de Monserrate (depois de 1858) e o Palácio da Pena (depois de 1838), ambos em Sintra, este último sendo uma mistura caprichosa entre o neogótico, o neomanuelino e o neoislâmico.
    O neomanuelino transformou-se em um dos estilos favoritos em Portugal, dando origem a obras como o Palácio Hotel do Buçaco, a Quinta da Regaleira, o Palácio dos Condes de Castro Guimarães, a Estação Ferroviária do Rossio, os Paços do Concelho de Sintra e Soure, entre muitos outros edifícios. O neogótico estrito está representado em menos edifícios. Um exemplo notável é o Elevador de Santa Justa (1898-1902), em Lisboa, uma estrutura de ferro decorada com motivos góticos.


    Origem: Wikipédia

    segunda-feira, 25 de junho de 2012

    Pierre-Auguste Renoir


    Pierre-Auguste Renoir
    Nascimento25 de fevereiro de 1841
    Flag of France.svg Limoges
    Morte3 de dezembro de1919 (78 anos)
    Flag of France.svg Cagnes-sur-Mer
    NacionalidadeFrancês
    OcupaçãoPintor
    Movimento estéticoImpressionismo

    Pierre-Auguste Renoir (Limoges25 de fevereiro de 1841 — Cagnes-sur-Mer3 de dezembro de 1919) foi um dos mais célebres pintores franceses e um dos mais importantes nomes do movimentoimpressionista
    Desde o princípio sua obra foi influenciada pelo sensualismo e pela elegância dorococó, embora não faltasse um pouco da delicadeza de seu ofício anterior como decorador de porcelana. Seu principal objetivo, como ele próprio afirmava, era conseguir realizar uma obra agradável aos olhos. Apesar de sua técnica ser essencialmente impressionista, Renoir nunca deixou de dar importância à forma - de fato, teve um período de rebeldia diante das obras de seus amigos, no qual se voltou para uma pintura mais figurativa, evidente na longa série Banhistas. Mais tarde retomaria a plenitude da cor e recuperaria sua pincelada enérgica e ligeira, com motivos que lembram o mestreIngres, por sua beleza e sensualidade.
    A sua obra de maior impacto é Le Moulin de la Galette, em que conseguiu elaborar uma atmosfera de vivacidade e alegria à sombra refrescante de algumas árvores, aqui e ali intensamente azuis. Percebendo que traço firme e riqueza de colorido eram coisas incompatíveis, Renoir concentrou-se em combinar o que tinha aprendido sobre cor, durante seu período impressionista, com métodos tradicionais de aplicação de tinta. O resultado foi uma série de obras-primas bem no estilo Ticiano, assim como de FragonardBoucher, a quem ele admirava. Os trabalhos que Renoir incluiu em uma mostra individual de 70, organizada pelo marchand Paul Durand-Ruel, foram elogiados, e seu primeiro reconhecimento oficial veio quando o governo francês comprou Ao Piano, em 1892.

    Pierre-Auguste Renoir (Limoges25 de fevereiro de 1841 — Cagnes-sur-Mer3 de dezembro de 1919) foi um dos mais célebres pintores franceses e um dos mais importantes nomes do movimentoimpressionista.[1]
    Desde o princípio sua obra foi influenciada pelo sensualismo e pela elegância dorococó, embora não faltasse um pouco da delicadeza de seu ofício anterior como decorador de porcelana. Seu principal objetivo, como ele próprio afirmava, era conseguir realizar uma obra agradável aos olhos. Apesar de sua técnica ser essencialmente impressionista, Renoir nunca deixou de dar importância à forma - de fato, teve um período de rebeldia diante das obras de seus amigos, no qual se voltou para uma pintura mais figurativa, evidente na longa série Banhistas. Mais tarde retomaria a plenitude da cor e recuperaria sua pincelada enérgica e ligeira, com motivos que lembram o mestreIngres, por sua beleza e sensualidade.
    A sua obra de maior impacto é Le Moulin de la Galette, em que conseguiu elaborar uma atmosfera de vivacidade e alegria à sombra refrescante de algumas árvores, aqui e ali intensamente azuis. Percebendo que traço firme e riqueza de colorido eram coisas incompatíveis, Renoir concentrou-se em combinar o que tinha aprendido sobre cor, durante seu período impressionista, com métodos tradicionais de aplicação de tinta. O resultado foi uma série de obras-primas bem no estilo Ticiano, assim como de FragonardBoucher, a quem ele admirava. Os trabalhos que Renoir incluiu em uma mostra individual de 70, organizada pelo marchand Paul Durand-Ruel, foram elogiados, e seu primeiro reconhecimento oficial veio quando o governo francês comprou Ao Piano, em 1892.

    Primeiros anos
    "Mulher com sombrinha".
    Renoir nasceu em Limoges em 25 de fevereiro de1841. Seu pai, Léonard, era alfaiate e sua mãe, Marguerite, costureira. Eram uma família de classe média e em 1844, mudaram-se para Paris para tentar uma vida melhor. Renoir estudou até os 13 anos, depois começou a trabalhar em uma fábrica de porcelana dos Irmãos Lévy onde pintava buquês e flores em artigos de porcelana. Ficou na fábrica até os 17 anos e depois foi trabalhar para M. Gilbert pintando temas religiosos vendidos a missionários e pintou em leques e tecidos que eram mais bem remunerados na época e que lhe permitiu juntar algumas economias.
    Em 1862 após juntar dinheiro com seu trabalho, Renoir realiza seu sonho: aos 21 anos muda-se pra Parìs e entra para a École des Beaux-Arts de Paris ("Escola de belas artes"). Entrou também para o ateliê de Charles Gleyre. Assistindo às aulas no ateliê, além de aperfeiçoar a sua técnica, conquistou a amizade de Alfred SisleyMonet eBazille, com quem compartilhou dias de muita conversa e teorização em Paris e de árduo trabalho em Argenteuil, pintando ao ar livre.
    Em 1863, Renoir abandonou a École des Beaux-Arts e passou a pintar ao ar livre emFontainebleau. A sua primeira obra A Esmeralda entrou para o Salão em 1864, com ela Renoir conseguiu um certo sucesso. Porém após a exposição, Renoir destruiu-a. Em1865, Renoir e seus amigos tornaram-se próximos de Monet depois, ele conseguiu uma certa noteriedade após expor as suas obras "Almoço na Relva" e "Olympia".
    Com a guerra franco-prussiana, seus amigos pintores dispersaram-se e Renoir passou a se hospedar constantemente na casa do amigo Jules Le Couer. Foi na casa de Le Couer que Renoir conheceu Lise Trèhot que passou a ser sua modelo preferida durante um certo tempo. Entre as obras de destaque que Lise posou estão: "Mulher com a sombrinha" (de1867), "A jovem Cigana" (de 1868) e seu último quadro como modelo que foi "Mulher com periquito" (de 1871).
    Lise com a sombrinha é considerada sua primeira obra de destaque. Lise pousou para a tela em Fontainebleau entre as folhagens de uma floresta. Com um vestido todo branco onde poderia apreciar-se os jogos de luz e sombra. A obra era inspirada em Coubert. Apesar do relativo sucesso da obra na ocasião, Renoir atravessava dificuldades financeiras. Em 1869 morava com Lise, de dezanove anos, na casa de seus pais.
    Em 1870, Renoir se alistou na cavalaria para lutar na guerra franco-prussiana, mas deu baixa um ano depois por causa de uma doença. Neste mesmo ano, morreria na guerra seu amigo Bazille.

    Período Impressionista

    "O camarote"1874

    Retrato de Madame Henriot, 1876

    Entre 1870 à 1883, Renoir entra em seu período impressionista. Pinta várias paisagens mas suas obras são mais caracterizada ao retratar a vida social urbana.
    "Numa manhã um de nós já não tinha preto, e assim nasceu o Impressionismo."[1]
    — Renoir
    No salão de 1872, ele expôs a tela"Mulheres parisienses vestidas como Argelinas" no Salão Oficial o que lhe conferiu grande sucesso. No ano seguinte, Renoir alugaria um apartamento em Montmartre onde pintou duas obras famosas: "O camarote" e "A bailarina". Em 1873, junto aos seus amigos impressionistas, Renoir expôs suas obras em um salão alternativo ao Salão Oficial de Paris que foi um fracasso. Neste salão alternativo, Renoir vendeu seu quadro "O camarote" por 425 francos.
    No ano de 1875, Renoir vendeu "O passeio" por 1.200 francos. Com o dinheiro ele pode alugar um prédio maior em Montmartre onde ele pintou várias obras. Em 1876, Renoir pintou várias obras famosas: "Nu ao sol""O balanço" e "Le moulin de la galette". A obra"Le moulin de la galette" foi exposto no terceiro salão alternativo dos impressionistas e trouxe-lhe grande reputação.
    [RE][I][U]Com 18 anos, Renoir começou a pintar e decorar persianas e leques. Em 1862, foi estudar na Academia de Belas Artes. Estudou também na academia do pintor suíço Charles Gabriel Gleyre. Nesta academia conheceu outros artistas famosos da época como, por exemplo, Claude Monet e Alfred Sisley. De Monet, Renoir recebeu influência no tratamento da luz, sendo que o trabalho com as cores foi influência recebida de Delacroix.

    Período seco

    Em 1881, Renoir passaria a buscar novas inspirações. Primeiro foi à Argélia depois àItália. Na Itália, Renoir conheceu os grandes centros: MilãoRomaVenezaNápoles. O que mais lhe impressionou na viagem foi ver de perto as obras de Rafael.
    A viagem foi uma inspiração para buscar mais consistência em sua obra tentou tornar-se um artista em grande estilo renascentista. As figuras de suas obras tornaram-se mais imponentes e formais, e muitas vezes abordou temas da mitologia clássica. O contorno de seus personagens tornaram-se mais precisos, formas desenhadas com mais rigor e cores mais frias.
    "Por volta de 1883, eu tinha esgotado o Impressionismo e finalmente chegado à conclusão de que não sabia pintar nem desenhar."[1]
    — Renoir
    Além de Rafael, Renoir foi influenciado pela obra de Ingres, pintor neoclássico, que admirava e defendia em debates com os amigos impressionistas.
    Esse novo período em sua arte, de 1883 a 1887, ficou conhecido como período seco. Nesta nova fase não houve mais espaço para pintura ao ar livre.
    "Mulher amamentando
    Esse novo período em sua arte, de 1883 a 1887, ficou conhecido como período seco. Nesta nova fase não houve mais espaço para pintura ao ar livre.
    Renoir começaria a realizar estudos do qual surgiria uma de suas grandes obras: "As grandes banhistas" que só ficou pronta em 1887

    Período Iridescente

    Chamada pelo pintor de período iridescente, a partir de 1889 Renoir mudaria novamente de estilo. Era uma fase de recuperação da liberdade da juventude. Em1890, ele pintou "Duas meninas colhendo flores" e "No prado". Passou também a pintar muitos nus e retratos (ainda uma das maiores fontes económicas do pintor).
    Em 1894, Renoir teve mais um filho, Jean Renoir, que se tornaria um grande cineasta francês cuja maiores obras seriam A grande Ilusão e A Regra do jogo. Em 1901, Renoir e Aline tiveram mais um filho, Claude, apelidado de Coco.
    Em 1903, Renoir ao piorar da artrite mudou-se para Cagnes. Passou a retratar Gabrielle, jovem contratada para servir seus pequenos filhos.
    Sentindo cada vez mais dificuldades para segurar os pincéis e acabou tendo que amarrá-los às mãos. Começou também a esculpir, na esperança de poder expressar seu espírito criativo através da modelagem, mas até para isso ele precisou de ajuda, que veio na forma de dois jovens artistas, Richard Gieino e Louis Morel, que trabalhavam segundo suas instruções.
    Apesar das graves limitações físicas, Renoir continuou trabalhando até o último dia de sua vida. Em 1908, ele pintou sua versão para "O julgamento de Paris".
    Aline morreu em 1915 e Renoir em 1919 aos 78 anos.

    Obras

    - Mulher com sombrinha (1867)
    - O Camarote (1874)
    - Le Moulin de la Galette (1876)
    - Madame Georges Charpentier e suas filhas (1878)
    - Remadores em Chatou (1879)
    - Elizabeth e Alice de Anvers (Les Demoiselles Cahen d'Anvers - Rose et Bleue) (1881)
    - A dança em Bougival (1883)
    - Mulher amamentando (1886)
    - As grandes banhistas (1887)
    - Menina com espigas (1888)
    - Menina jogando criquet (1892)
    - Ao piano (1893)
    - Odalisca (1904)
    - Retrato de Claude Renoir (1908)
    - Banhista enxugando a perna direita (1910)
    Wikipedia
    Monet




    M