O termo romance (do latim romance: "em língua românica", através do provençal romans) pode referir-se a dois gêneros literários. O primeiro deles é uma composição poética popular, histórica ou lírica, transmitida pela tradição oral, sendo geralmente de autor anônimo; corresponde aproximadamente à balada medieval. Como forma literária moderna, o termo designa uma composição em prosa.
Índice
- 1 O romance moderno
- 2 Grandes romances da literatura mundial
- 3 Referências
- 4 Ver também
O romance moderno
Herdeiro da epopeia, o romance moderno é tipicamente um gênero narrativo, assim como a novela e o conto. A diferença entre romance e novela não é clara, mas costuma-se definir que no romance há um paralelo de várias ações, enquanto na novela há uma concatenação de ações individualizadas. No romance, uma personagem pode surgir em meio a história e desaparecer depois de cumprir sua função. Outra distinção importante é que no romance o final é um enfraquecimento de uma combinação e ligação de elementos heterogêneos, não o clímax.
Crise do Romance
Na verdade é que já em 1880 falava-se em crise do romance. Naquele ano foi feito na França uma enquete sobre o assunto e Jules Renard disse que o romance havia morrido. E quem estava em atividade naquela época? Zola, André Gide, Valéry; mais adiante surgiriam Proust, Joyce, Kafka, Robert Musil, Machado de Assis... Numa entrevista, Gabriel Garcia-Márquez reitera sua crença no gênero: "se você diz que o romance está morto, não é o romance, é você que está morto".
Metamorfose do Romance
Que a palavra romance se desgastou ao ponto de se criar preconceitos em torno dela, isso não se discute. Há pessoas, por exemplo, que acreditam que o fato de não lerem romances é um sintoma de intelectualidade. Na maioria das vezes, entretanto, quando se diz eu não leio romance está-se querendo dizer eu não leio prosa de ficção. Assim o preconceito se espalha para a literatura em geral.
Outra coisa indiscutível é o fato de o romance não ocupar mais o mesmo espaço que ocupou até o início deste século. Michel Butor diz que é preciso compreender que toda invenção literária, hoje em dia, produz-se no interior de um ambiente já saturado de literatura. Para Henry James o romancista é alguém para quem nada está perdido. Para Mishima a literatura é uma flor imperecível. Para Barthes a única verdadeira crise do romance acontece quando o escritor repete o que já foi dito ou quando deixa de escrever.
Grandes romances da literatura mundial
- 1600: Dom Quixote, de Miguel de Cervantes
- 1678: A Princesa de Clèves, de Madame de La Fayette
- 1726: As viagens de Gulliver, de Jonathan Swift
- 1760: Tristram Shandy, Laurence Sterne
- 1762: Nouvelle Héloïse, de Jean-Jacques Rousseau
- 1774: Os sofrimentos do jovem Werther, de Goethe
- 1796: Jacques o Fatalista, de Denis Diderot
- 1813: Orgulho e Preconceito, de Jane Austen
- 1819: Ivanhoé, de Walter Scott
- 1830: O vermelho e o negro, de Stendhal
- 1836: A voz do profeta, de Alexandre Herculano
- 1847: Wuthering Heights, de Emily Bronte
- 1848: A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho
- 1851: Moby Dick, de Herman Melville
- 1861: Grandes Esperanças, de Charles Dickens
- 1862: Os Miseráveis, de Victor Hugo
- 1865: O jogador, de Dostoiévski
- 1865: Guerra e Paz, de Leon Tolstoi
- 1866: Crime e castigo, de Dostoiévski
- 1877: Anna Karenina, de Leon Tolstoi
- 1879: Os Irmãos Karamazov, de Dostoiévski
- 1881: Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
- 1888: Os Maias, de Eça de Queiroz
- 1889: Dom Casmurro, de Machado de Assis
- 1900: Buddenbrooks , de Thomas Mann
- 1912: O Bravo Soldado Chveik, de Jaroslav Hasek
- 1924: Montanha Mágica de Thomas Mann
- 1928: Orlando, Uma biografia, Virginia Woolf
- 1938: Vidas Secas, de Graciliano Ramos
- 1939: O Senhor dos Anéis , de J.R.R.Tolkien
- 1949: 1984, de George Orwell
- 1955: Lolita, de Vladimir Nabokov
- 1956: Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa
- 1967: Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez
- 1983: A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera
- 1991: O Evangelho Segundo Jesus Cristo, de José Saramago
- 1995: Ensaio Sobre a Cegueira, de José Saramago
Primeiros romances brasileiros
- 1843: O filho do Pescador, de Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa
- 1844: A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo
- 1847: A divina pastora, de José Antônio do Vale Caldre e Fião
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