Música: um organista.Uma das características da arte é a dificuldade que se tem em conferir-lhe utilidade. Muitas vezes esta dificuldade em encontrar utilidade para a arte mascara preconceitos contra a arte e os artistas.
O que deve ser lembrado é que a arte não possui utilidade, no sentido pragmatista e imediatista de servir para um fim além dele mesmo. Assim, um quadro não "serve" para outra coisa, como um desenho técnico, como uma planta de engenharia, por exemplo, serve para que se construa uma máquina. Mas isso não quer dizer que a arte não tenha uma função.
A arte possui a função transcendente, ou seja, manchas de tinta sobre uma tela ou palavras escritas sobre um papel simbolizam estados de consciência humana, abrangendo percepção, emoção e razão (segundo Charles S. Peirce, fundador da semiótica). Essa seria a principal função da arte.
A arte também é usada por terapeutas, psicoterapeutas e psicólogos clínicos como terapia. Nise da Silveira foi uma importante psiquiatra brasileira, aluna de Carl Jung, que utilizou com sucesso em seus pacientes, a partir de 1944, a arte a partir da terapia ocupacional. Graças a este trabalho, fundou o Museu do Inconsciente, em 1952, no Rio de Janeiro.
Paul McCartney, ex-Beatle, diz que a música é capaz de curar. Ele afirmou que em uma de suas visitas a um hospital que realiza tratatamento de autistas, estes respondiam quando se dedilhava algo no violão. Sabe-se que as pessoas vítimas de autismo respondem muito pouco a estímulos externos, de acordo com o grau de autismo.
A arte pode trazer indícios sobre a vida, a História e os costumes de um povo, inclusive dos povos e nações já extintos. Assim, conhecemos várias civilizações por meio de sua arte, como a egípcia, grega antiga e muitas outras. A História da Arte é a disciplina que estuda as manifestações artísticas da humanidade através dos séculos.
Grafite e outros tipos de arte de rua são gráficos e imagens pintadas por spray. São vistos pelo público em paredes de edifícios, em ônibus, trens, pontes e, normalmente sem permissão do governo. Este tipo de arte faz parte de diversas culturas juvenis. Nos EUA, na cultura hip-hop, são comumemente usadas para a expressão de opiniões sobre política, e outras vezes trazem mensagens de paz, de amor e união.
A arte, como qualquer outra manifestação cultural humana, pode ser utilizada para a coesão social, reafirmando valores, ou os criticando, de acordo com a civilização.
Assim, a arte é utilizada como instrumento de moralização, doutrinação política e ideológica, assim como ferramenta na educaçãoBetty Edwards, principalmente a partir de sua obra Desenhando com o lado direito do cérebro, as habilidades artísticas são regidas pelo lado direito do cérebro, e a lógica e outras habilidades ligadas à racionalidade são regidas pelo lado esquerdo. A utilização da arte como ferramenta pedagógica seria uma forma de utilizar os dois lados do cérebro, de forma complementar para um aprendizado mais eficaz. em vários campos do conhecimento, desde o ensino básico até o treinamento de funcionários em empresas. Segundo a sistematização de conhecimento artístico e fisiológico sobre o funcionamento do cérebro realizado por
As obras de arte também podem fazer críticas a uma sociedade. Les Misérables, de Victor Hugo, é um exemplo de obra literária que critica a sociedade francesa do início do século XIX. A obra do pintor espanhol Goya, Os fuzilamentos de 3 de maio é outro exemplo disso.
A interpretação da obra depende do observador. Portanto, inversamente a própria subjetividade da arte demonstra a sua importância no sentido de facilitar a troca e discussão de ideias rivais, ou para prestar um contexto social em que diferentes grupos de pessoas possam reunir e misturar-se.
Arte: classe e valor
A arte é entendida por alguns como um pertence de apenas algumas classes sociais, principalmente das mais ricas. Esta definição exclui a classe inferior, em questão financeira. Nesse contexto, a arte é vista como uma atividade de classe superior associada à riqueza, a capacidade de venda e compra de arte, o lazer e o prazer para desfrutar de uma obra. Por exemplo, o Palácio de Versailles ou o Hermitage, em São Petersburgo, com sua vasta coleção de arte, acumuladas pela realeza da Europa exemplificam esta visão. Coletando tal arte é o de preservar o rico, ou de Governos e instituições. Entretanto, tem havido um empurrão cultural na outra direção, pelo menos desde 1793, quando o Louvre, que tinha sido um palácio privado dos Reis de França, foi aberta ao público como museu de arte durante a Revolução Francesa. A maioria dos museus públicos modernos e arte programas educacionais para as crianças nas escolas pode ser rastreada até este impulso de mostrar a arte a todos. Nos Estados Unidos, há museus de todos os tipos: dos mais ricos, até os mais públicos, como acontece no Brasil, e em Portugal. Há tentativas de criar arte que não podem ser compradas pelos ricos, como se fossem objeto de um estatuto. No final dos anos 1960 e 1970 foi justamente isto: criar arte que não podia ser comprada e/ou vendida. "É necessário apresentar algo mais do que meros objectos", disse que o grande artista pós-guerra alemão Joseph Beuys. Este período viu o surgimento de coisas como arte performática, vídeo arte e arte conceitual. A ideia era que, se o trabalho artístico foi um desempenho que iria deixar nada para trás, ou era simplesmente uma ideia, não podia ser comprada e vendida. Muitas dessas performances de criar obras que são apenas compreendido pela elite, resultaram nas razões pelas quais uma ideia ou vídeo ou um aparente "pedaço de lixo" pode ser considerado arte.
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