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terça-feira, 26 de abril de 2011

Guimarães Rosa



João Guimarães Rosa (Cordisburgo, 27 de junho de 1908Rio de Janeiro, 19 de novembro de 1967), foi um dos mais importantes escritores brasileiros de todos os tempos. Foi também médico e diplomata.
Os contos e romances escritos por Guimarães Rosa ambientam-se quase todos no chamado sertão brasileiro. A sua obra destaca-se, sobretudo, pelas inovações de linguagem, sendo marcada pela influência de falares populares e regionais que, somados à erudição do autor, permitiu a criação de inúmeros vocábulos a partir de arcaísmos e palavras populares, invenções e intervenções semânticas e sintáticas
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Guimarães Rosa Academia Brasileira de Letras
Guimarães Rosa
Nascimento 27 de junho de 1908
Cordisburgo, Minas Gerais
Morte 19 de novembro de 1967 (59 anos)
Rio de Janeiro
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Romancista e contista
Magnum opus Grande Sertão: Veredas
Escola/tradição Modernismo

Obras

Academia Brasileira de Letras

É o terceiro ocupante da cadeira 2, eleito em 6 de agosto de 1963, na sucessão de João Neves da Fontoura e recebido pelo acadêmico Afonso Arinos de Melo Franco em 16 de novembro de 1967.
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Basílio da Gama

José Basílio da Gama (São José do Rio das Mortes, 8 de abril de 1741 - Lisboa, 31 de julho de 1795) foi um poeta brasileiro.
Basílio da Gama Academia Brasileira de Letras
Basílio da Gama
Nome completo José Basílio da Gama
Nascimento 8 de abril de 1741
São José do Rio das Mortes
Morte 31 de julho de 1795 (54 anos)
Lisboa
Nacionalidade Brasileiro ( Portugaltuguês)
Ocupação Poeta
Escola/tradição Arcadismo/Neoclacissismo

Obras

Folha de resto de O Uraguai (1769).
  • Epitalâmio às núpcias da Sra. D. Maria Amália (1769)
  • O Uraguai (1769)
  • A declamação trágica (1772), poema dedicado às belas artes
  • Os Campos Elíseos (1776)
  • Relação abreviada da República e Lenitivo da saudade (1788)
  • Quitúbia (1791)Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

POETAS DO BRASIL


Adalgisa Nery
Adalgisa Nery
Adalgisa Nery em retrato de seu primeiro marido.
Nascimento 29 de outubro de 1905
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Morte 7 de junho de 1980 (74 anos)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Nacionalidade Flag of Brazil.svg brasileira
Cônjuge Ismael Nery (1922-1934)
Lourival Fontes (1940-?)
Filho(s) Ivan Nery (1923-)
Emmanuel Nery (1931-)
Ocupação Escritora e jornalista
Escola/tradição Modernismo
Adalgisa Maria Feliciana Noel Cancela Ferreira (Rio de Janeiro, 29 de outubro de 1905 — Rio de Janeiro, 7 de junho de 1980), melhor conhecida como Adalgisa Nery, foi uma poetisa e jornalista brasileira.
Ar do Deserto
Autor Adalgisa Nery
Idioma Português
País Brasil Brasil
Gênero Poesia
Editora José Olympio
Lançamento 1943
Páginas 88 páginas (1.ª edição)
Cronologia
Último
Último
Og (1943)
Cantos da Angústia (1948)
Próximo
Próximo
Ar do Deserto é o terceiro livro de poesia da escritora brasileira Adalgisa Nery, originalmente publicado em 1943.

Obras

  • Poemas, 1937
  • A Mulher Ausente (poemas), 1940
  • Og (contos), 1943
  • Ar do Deserto (poemas), 1943
  • Cantos da Angústia (poemas), 1948
  • As Fronteiras da Quarta Dimensão (poemas), 1952
  • A Imaginária (romance), 1959
  • Mundos Oscilantes (poemas) 1962
  • Retrato sem Retoque (crônicas), 1966
  • 22 menos 1 (contos), 1972
  • Neblina (romance), 1972
  • Erosão (poemas), 1973

[editar] Condecorações

[editar] Ligações externas

domingo, 10 de abril de 2011

Outra citações: Água Viva, Laços de Família, Uma aprendizagem ou o Livro dos Prazeres, Um Sopro de Vida, Perto do Coração Selvagem,Especiais, Atribuídas...

  • "Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa qualquer entendimento".
- citado em "Moreno Em Ato" - Página 32, 286 páginas.

A paixão segundo G.H.

  • "A harmonia secreta da desarmonia: quero não o que está feito mas o que tortuosamente ainda se faz. Minhas desequilibradas palavras são o luxo de meu silêncio. Escrevo por acrobáticas aéreas piruetas - escrevo por profundamente querer falar. Embora escrever só esteja me dando a grande medida do silêncio."
  • "A vida é igual em toda a parte e o que é necessário é a gente ser a gente."
  • "Com Deus a gente também pode abrir caminho pela violência. Ele mesmo quando precisa mais especialmente de um de nós, Ele nos escolhe e nos violenta."
  • "Dá-me a tua mão desconhecida que a vida está me doendo e eu não sei como falar- a realidade é delicada demais, só a realidade é delicada, minha irrealidade e minha imaginação são mais pesadas."
- "A paixão segundo G.H.: romance" - Página 34; de Clarice Lispector - Publicado por Editôra Sabiá, 1964 - 182 páginas
  • "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro...
  • "É preciso coragem. Uma coragem danada. Muita coragem é o que eu preciso. Sinto-me tão desamparada, preciso tanto de proteção...porque parece que sou portadora de uma coisa muito pesada. Sei lá porque escrevo! Que fatalidade é esta?"
  • "A saudade é a prova que o passado valeu a pena."
  • "É quase impossível evitar o excesso de amor que um bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo."
  • "É estranho sentir saudade de algo o qual mal vivi ou evitava viver."
  • "Eu misturei tudo, eu lia livro, romance para mocinha, livro cor de rosa, misturado com Dostoievski, eu escolhia os livros pelos títulos e não por autores, porque eu não tinha conhecimento...fui ler aos 13 anos Herman Hesse, tomei um choque: O Lobo da Estepe. Aí comecei a escrever um conto que não acabava nunca mais. Terminei rasgando e jogando fora."
  • "Eu só escrevo quando eu quero, eu sou uma amadora e faço questão de continuar a ser amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever, ou então em relação ao outro. Agora, eu faço questão de não ser profissional, para manter minha liberdade".
  • "Em uma outra vida que tive, aos 15 anos, entrei numa livraria, que me pareceu o mundo que gostaria de morar. De repente, um dos livros que abri continha frases tão diferentes que fiquei lendo, presa, ali mesmo. Emocionada, eu pensava: mas esse livro sou eu! Só depois vim a saber que a autora era considerada um dos melhores escritores de sua época: Katherine Mansfield."
  • "Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada"
  • "Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..."
  • "Estou à procura de um livro para ler. É um livro todo especial. Eu o imagino como a um rosto sem traços. Não lhe sei o nome nem o autor. Quem sabe, às vezes penso que estou à procura de um livro que eu mesma escreveria. Não sei. Mas faço tantas fantasias a respeito desse livro desconhecido e já tão profundamente amado. Uma das fantasias é assim. Eu o estaria lendo e de súbito, uma frase lida, com lágrimas nos olhos diria em êxtase de dor e de enfim libertação: Mas é que eu não sabia que se pode tudo, meu Deus!"
  • "...há impossibilidade de ser além do que se é -
no entanto eu me ultrapasso mesmo sem o delírio, sou mais do que eu, quase normalmente - tenho um corpo e tudo que eu fizer é continuação de meu começo...... a única verdade é que vivo. Sinceramente, eu vivo. Quem sou? Bem, isso já é demais...."
  • "Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la."
  • "Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor.Que tem que ser vivido até a última gota.Sem nenhum medo. Não mata."
  • "Minha liberdade é escrever. A palavra é o meu domínio sobre o mundo."
  • "Todo cidadão tem o direito de ir e vir. Desde que seja a pé, de outra forma paga pedágio."
  • "...Não entendo.
Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: -quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."
  • "Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."
  • "Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada."
  • "Nem todos chegam a fracassar porque é tão trabalhoso, é preciso antes subir penosamente até enfim atingir a altura de poder cair."
  • "O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo."
  • "... os bichos me fantasticam. Eles são o tempo que não se conta. Pareço ter certo horror daquela criatura viva que não é humana e que tem meus próprios instintos embora livres e indomáveis. Às vezes eletrizo-me ao ver bicho. Estou agora ouvindo o grito ancestral dentro de mim: parece que não sei quem é mais a criatura, se eu ou o bicho."
  • "(...)Pois em mim mesma eu vi como é o inferno...(...) p. 143 (...) E porque minha alma é tão ilimitada que já não sou eu, e porque ela está tão além de mim - é que sempre sou remota a mim mesma, sou-me inalcançável como me é inalcançável um astro... (...) p. 146 (...) O mistério do destino humano é que somos fatais, mas temos a liberdade de cumprir ou não o nosso fatal: de nós depende realizarmos o nosso destino fatal... (...) mas de mim depende eu vir a ser o que fatalmente sou... p.148 (...) E não preciso sequer cuidar da minha alma, ela cuidará fatalmente de mim, e não tenho que fazer para mim mesma uma alma: tenho apenas que escolher viver. Somos livres, e este é o inferno. p. 148, Clarice Lispector, In: A Paixão Segundo GH, 5 ed. Rio de Janeiro, J. Oliympio 1977 páginas diversas
  • "Quando eu me comunico com criança é fácil porque sou muito maternal. Quando me comunico com adulto, na verdade estou me comunicando com o mais secreto de mim mesma, daí é difícil... O adulto é triste e solitário. A criança tem a fantasia muito solta."
  • "A vida é dura para quem é mole."
  • "Quanto a meus filhos, o nascimento deles não foi casual. Eu quis ser mãe. Os dois meninos estão aqui, ao meu lado. Eu me orgulho deles, eu me renovo neles, eu acompanho seus sofrimentos e angústias. Sei que um dia abrirão as asas para o vôo necessário, e eu ficarei sozinha. Quando eu ficar sozinha, estarei seguindo o destino de todas as mulheres."
  • "Que ninguém se engane: só se consegue a simplicidade através de muito trabalho."
  • "Só trabalho com achados e perdidos."
  • "Vida e morte foram minhas, e eu fui monstruosa, minha coragem foi a de um sonâmbulo que simplesmente vai."
  • "O verdadeiro homem não é aquele que conquista várias mulheres, mas sim aquele que conquista a mesma várias vezes."
  • "Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir".
  • "Viajo porque gosto, volto porque te amo."
  • "Sempre conservei uma aspa à esquerda e outra à direita de mim.”
- A paixão segundo G.H. - página 30, Clarice Lispector - Sabiá, 1964 - 182 páginas
Origem: Wikiquote, a coletânea de citações livre.

A Hora da estrela

  • "A eternidade é o estado das coisas neste momento."
  • "Aliás - descubro eu agora - eu também não faço a menor falta, e até o que escrevo um outro escreveria."
  • "Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas continuarei a escrever."
  • "Filho de rico é Playboy, de pobre é office-boy."
  • "Escrevo por ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens."
  • "Não tenho medo nem das chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas. Pois eu também sou o escuro da noite."
- "A hora da estrela" - Página 18; de Clarice Lispector - Publicado por Rocco, 1999 ISBN 853250812X, 9788532508126 - 87 páginas
  • "Não se pode dar uma prova de existência do que é mais verdadeiro, o jeito é acreditar. Acreditar chorando."
  • "Quem não é um acaso na vida?"
  • "Talvez a pergunta vazia fosse apenas para que um dia alguém não viesse a dizer que ela nem ao menos havia perguntado. Por falta de quem lhe respondesse ela mesma parecia se ter respondido: é assim porque é assim."
  • Origem: Wikiquote, a coletânea de citações livre.

A Descoberta do Mundo

Lutei toda a minha vida contra a tendência ao devaneio, sempre sem jamais deixar que ele me levasse até as últimas águas. Mas o esforço de nadar contra a doce corrente tira parte de minha força vital. E, se lutando contra o devaneio, ganho no domínio da ação, perco interiormente uma coisa muito suave de se ser e que nada substitui. Mas um dia ainda hei de ir, sem me importar para onde o ir me levará.
Origem: Wikiquote, a coletânea de citações livre.

Obra

Capa da edição original de Paixão Segundo G.H.
Em dezembro de 1943, publicou seu primeiro romance, Perto do coração selvagem. Escrito quando tinha 19 anos, o livro apresenta Joana como protagonista, a qual narra sua história em dois planos: a infância e o início da vida adulta. A literatura brasileira era nesta altura dominada por uma tendência essencialmente regionalista, com personagens contando as dificuldades da realidade social do país na época. Clarice Lispector surpreendeu a crítica com seu romance, seja pela problemática de caráter existencial, completamente inovadora, seja pelo estilo solto, elíptico e fragmentário. Este estilo de escrita se tornou marca característica da autora, como pode ser observado em seus trabalhos subsequentes.
Na época da publicação, muitos associaram o seu estilo literário introspectivo a Virginia Woolf ou James Joyce, embora ela afirme não ter lido nenhum destes autores antes de ter escrito seu romance inaugural. [2] A epígrafe de Joyce e o título, inspirado em citação do livro de Joyce Retrato do Artista quando Jovem, foram sugeridos por Lúcio Cardoso após o livro ter sido escrito. Perto do coração selvagem ganhou o prêmio da Fundação Graça Aranha de melhor romance de estréia, em outubro de 1944.[1]
A obra de Clarice ultrapassa qualquer tentativa de classificação. A escritora e filósofa francesa Hélène Cixous vai ao ponto de dizer que há uma literatura brasileira A.C. (Antes da Clarice) e D.C. (Depois da Clarice).
Além de escritora, Clarice foi colunista do Jornal do Brasil, do Correio da Manhã e Diário da Noite. As colunas, que foram publicadas entre as décadas de 60 e 70, eram destinadas ao público feminino, e abordavam assuntos como dicas de beleza, moda e comportamento. Em meados de 1970, Lispector começou a trabalhar no livro Um sopro de vida: pulsações, publicado postumamente. Este livro consiste de uma série de diálogos entre o "autor" e sua criação, Angela Pralini, personagem cujo nome foi emprestado de outro personagem de um conto publicado em Onde estivestes de noite. Esta abordagem fragmentada foi novamente utilizada no seu penúltimo e, talvez, mais famoso romance, A hora da estrela. No romance, Clarice conta a história de Macabéa, uma datilógrafa criada no estado de Alagoas que migra para o Rio de Janeiro e vai morar em uma pensão, tendo sua rotina narrada por um escritor fictício chamado Rodrigo S.M. O livro descreve a pobreza e a marginalização no Brasil, temática que pouco aparece ao longo da sua obra. A história de Macabéa foi publicada poucos meses antes da morte de Clarice.

Biografia


Biografia

De origem judaica, terceira filha de Pinkouss e de Mania Lispector. A família de Clarice sofreu a perseguição aos judeus, durante a Guerra Civil Russa de 1918-1921. Seu nascimento ocorreu em Chechelnyk, enquanto percorriam várias aldeias da Ucrânia, antes da viagem de imigração ao continente americano. Chegou no Brasil quando tinha dois meses de idade.[1]
A família chegou a Maceió em março de 1922, sendo recebida por Zaina, irmã de Mania, e seu marido e primo José Rabin. Por iniciativa de seu pai, à exceção de Tania – irmã, todos mudaram de nome: o pai passou a se chamar Pedro; Mania, Marieta; Leia – irmã, Elisa; e Haia, Clarice. Pedro passou a trabalhar com Rabin, já um próspero comerciante.[1]
Clarice Lispector começou a escrever logo que aprendeu a ler, na cidade do Recife, onde passou parte da infância. Falava vários idiomas, entre eles o francês e inglês. Cresceu ouvindo no âmbito domiciliar o idioma materno, o iídiche.
Foi hospitalizada pouco tempo depois da publicação do romance A Hora da Estrela com câncer inoperável no ovário, diagnóstico desconhecido por ela.[carece de fontes?] Faleceu no dia 9 de dezembro de 1977, um dia antes de seu 57° aniversário. Foi enterrada no Cemitério Israelita do Caju, no Rio de Janeiro, em 11 de dezembro.

Clarice Lispector

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Clarice Lispector
Clarice Lispector
Clarice Lispector. Foto: © Editora Abril
Nascimento 10 de dezembro de 1920
Chechelnyk, Ucrânia
Morte 9 de dezembro de 1977 (56 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade Flag of Brazil.svg brasileira
Ocupação Romancista, contista, cronista e jornalista
Influências
Escola/tradição Modernismo
Clarice Lispector, nascida Haia Pinkhasovna Lispector (Chechelnyk, 10 de dezembro de 1920Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 1977) foi uma escritora e jornalista brasileira, nascida na Ucrânia.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

OBRA

Autora polifacetada: escreveu poesia, contos, um diário e epístolas; traduziu vários romances e colaborou ao longo da sua vida em revistas e jornais de diversa índole, Florbela Espanca antes de tudo é poetisa.É à sua poesia, quase sempre em forma de soneto, que ela deve a fama e o reconhecimento. A temática abordada é principalmente amorosa. O que preocupa mais a autora é o amor e os ingredientes que romanticamente lhe são inerentes: solidão, tristeza, saudade, sedução, desejo e morte. A sua obra abrange também poemas de sentido patriótico, inclusive alguns em que é visível o seu patriotismo local: o soneto “No meu Alentejo” é uma glorificação da terra natal da autora.
Somente duas antologias, Livro de Mágoas (1919) e Livro de Sóror Saudade (1923), foram publicadas em vida da poetisa. Outras, Charneca em Flor (1931), Juvenília (1931) e Reliquiae (1934) saíram só após o seu falecimento. Toda a obra poética de Florbela foi reunida por Guido Battelli num volume chamado Sonetos Completos, publicado pela primeira vez em 1934. Em 1978 tinham saído 23 edições do livro[10]. As peças anteriores às primeiras publicações da poetisa foram reconstituídas por Mária Lúcia Dal Farra, que em 1994 editou o texto de Trocando Olhares.
A prosa de Florbela exprime-se através do conto (em que domina a figura do irmão da poetisa), de um diário, que antecede a sua morte, e em cartas várias. Algumas peças da sua correspondência são de natureza familiar, outras tratam de questões relacionadas com a sua produção literária, quer num sentido interrogativo quanto à sua qualidade, quer quanto a aspectos mais práticos, como a sua publicação. Nas diferentes manifestações epistolares sobressaem qualidades que nem sempre estão presentes na restante produção em prosa - naturalidade e simplicidade[2].

Florbela Espanca, por Bottelho (2008).Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

VIDA

Florbela em desenho de seu irmão Apeles Espanca (1897-1927).
Filha de Antónia da Conceição Lobo e do republicano João Maria Espanca nasceu no dia 8 de Dezembro de 1894 em Vila Viçosa, no Alentejo. O seu pai herdou a profissão do sapateiro, mas passou a trabalhar como antiquário, negociante de cabedais, desenhista, pintor, fotógrafo e cinematografista. Foi um dos introdutores do “Vitascópio de Edison” em Portugal[3].
Seu pai era casado com Mariana do Carmo Toscano[4]. A sua esposa não pôde dar-lhe filhos. Porém, João Maria resolveu tê-los – Florbela e Apeles, três anos mais novo – com outra mulher, Antónia da Conceição Lobo, de condição humilde. Ambos os irmãos foram registados como filhos ilegítimos de pai incógnito[5]. Entretanto, João Maria Espanca criou-os na sua casa, e Mariana passou a ser madrinha de baptismo dos dois. João Maria nunca lhes recusou apoio nem carinho paternal, mas reconheceu Florbela como a sua filha em cartório só dezoito anos depois da morte dela[3].
Entre 1899 e 1908, Florbela frequentou a escola primária em Vila Viçosa[5]. Foi naquele tempo que passou a assinar os seus textos Flor d’Alma da Conceição[6]. As suas primeiras composições poéticas datam dos anos 1903 - 1904[3]: o poema “A Vida e a Morte”, o soneto em redondilha maior em homenagem ao irmão Apeles, e um poema escrito por ocasião do aniversário do pai. Em 1907, Florbela escreveu o seu primeiro conto: “Mamã!” No ano seguinte, faleceu a sua mãe, Antónia, com apenas vinte e nove anos[3].
Flor ingressou então no Liceu Masculino André de Gouveia em Évora, onde permaneceu até 1912[7]. Foi uma das primeiras mulheres em Portugal a frequentar o curso secundário[6]. Durante os seus estudos no Liceu, Florbela requisitou diversos livros na Biblioteca Pública de Évora, aproveitando então para ler obras de Balzac, Dumas, Camilo Castelo Branco, Guerra Junqueiro, Garrett. Quando ocorreu a revolução de 5 de Outubro de 1910, Florbela está há dois dias com a família na capital, no Francfort Hotel Rossio, mas não se conhecem comentários seus à sua vivência deste dia [1].
Em 1913 casou-se em Évora com Alberto de Jesus Silva Moutinho, seu colega da escola. O casal morou primeiro em Redondo[3]. Em 1915 instalou-se na casa dos Espanca em Évora, por causa das dificuldades financeira.

Florbela Espanca

Florbela Espanca (Vila Viçosa, 8 de Dezembro de 1894Matosinhos, 8 de Dezembro de 1930), batizada com o nome Flor Bela Lobo [1]. , foi uma poetisa portuguesa. A sua vida de trinta e seis anos foi plena, embora tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização, feminilidade[2] e panteísmo .
Florbela Espanca
Retrato de Florbela Espanca
Nascimento 8 de Dezembro de 1894
Vila Viçosa
Morte 8 de dezembro de 1930 (36 anos)
Matosinhos
Nacionalidade Portugal português(a)
Ocupação Poetisa e contista
Profissão Explicadora e tradutora
Principais trabalhos Livro de Mágoas; Livro de Soror Saudade; Charneca em Flor; Dominó Preto; As Máscaras do Destino e Diário